Ao procurar o significado de Inclusão Social no Google, encontrará definições que convergem para esta: “É o conjunto de meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pelas diferenças de classe social, educação, idade, deficiência, gênero, preconceito social ou preconceitos raciais. Inclusão social é oferecer oportunidades iguais de acesso a bens e serviços a todos.”[1]
Agora, ao procurar o significado de Inclusão Financeira, temos: “É o local onde indivíduos e empresas têm acesso a produtos e serviços úteis e acessíveis, que atendem às suas necessidades e são entregues de maneira responsável e sustentável. A inclusão financeira é definida como a disponibilidade e a igualdade de oportunidades para acessar serviços financeiros. ”. Porém, verá que o tema está relacionado à oferta de crédito a uma camada pobre da população e, nesse ponto, a definição não teve a melhor aplicação. Embora exista uma parte da população muito carente e que depende de verbas sociais para sobreviver, não é a oferta de crédito que resolverá o problema.
Se no Brasil há mais de 80 milhões de endividados, dos quais mais de 62 milhões como inadimplentes, fica evidente que houve um excesso de uso de crédito e, portanto, não uma carência na oferta desse. Assim, é fundamental reforçar que o problema não é a oferta de crédito, mas a entrega de forma não responsável e não sustentável.
Logo, faz-se necessário ressignificar o termo Inclusão Financeira, ressaltando os reais problemas que levam ao endividamento:
Excesso de Crédito x Perfil do Cliente;
Crise Econômica;
Baixo estímulo as empresas para Geração de Empregos;
Falta de Programas de Educação Financeira;
O momento pede parcimônia na tomada de linhas de crédito devido aos altos juros (Cartão de Crédito, Cheque Especial, Crédito Pessoal etc) e a falta de controle. Não é só a troca de tais linhas de crédito por outra mais barata que resolverá o assunto de imediato.
Os gestores das empresas têm percebido o aumento de doenças como depressão, estresse, Burnout etc, que geram mais despesas com o plano de saúde, a perda de produtividade e de talentos, o aumento do absenteísmo e do presenteísmo. Porém, esses gestores também estão sujeitos a uma constante pressão para equalizar os bons resultados da empresa.
Além da pressão sentida pelo colaborador no ambiente de trabalho, há também a pressão gerada pela maneira como cada um vive e administra a sua própria vida financeira, para o agora e para o futuro.
Percebe como os assuntos estão entrelaçados?
Torna-se estratégico no mundo corporativo implementar a Inclusão Financeira de forma sustentável para seus colaboradores, através de um programa de educação e bem-estar financeiro.
Enquanto não for realizado um trabalho de conscientização e planejamento para mudar os hábitos financeiros e melhorar a qualidade de vida das pessoas, poucos benefícios serão percebidos pelos colaboradores e pela organização.
Por José Roberto Falcone
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