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O Grito Silencioso de Milhões de Brasileiros: Uma Chamada Urgente para a Transformação!



Vamos conhecer uma brasileira chamada Joana. Ela tem 38 anos, é casada e mãe de dois filhos em idade escolar. Formada em administração, trabalha em uma empresa no setor de serviços. Seu marido, microempresário de 47 anos, teve uma redução drástica na sua receita, reflexo da economia recessiva pós-pandemia.


Antes da pandemia a vida não era fácil, mas a sua família tinha o que chamamos de um bom padrão de vida. Possuíam plano de saúde, os filhos estudavam em escola particular e faziam um grande esforço para terem um período de férias e relaxar sem extravagâncias. A casa dos sonhos estava com mais de 50% das prestações quitadas, e tinham acabado de trocar de carro, pois precisavam de um carro para trabalhar, e a troca era necessária porque o antigo não parava de gerar despesas com manutenção.


Em pouco menos de 2 anos, Joana e seu marido viram suas vidas virarem de cabeça para baixo. Ambos com problemas de saúde mental e as contas em atraso, a parcela da casa e do carro atrasadas. Joana já havia tomado todo o limite de crédito consignado na sua empresa, pois ela e seu marido estavam superendividados com as prestações que já possuíam, além do cartão de crédito e do cheque especial que eram usados para pagar a alimentação, transporte e outras emergências que surgiam.

Quantos brasileiros se identificam com essa família?

Atualmente, 76,6% das famílias brasileiras estão endividadas, segundo a CNC. Já o SERASA aponta um crescimento recorde da inadimplência, com 71,95 milhões de pessoas, o que comprova que uma grande parcela da população, seja microempresário ou trabalhador formal, está passando por dificuldades. É fato que existe uma desproporção no aumento de preços dos produtos básicos em relação aos salários.


Ao analisar o caso de Joana e seu marido, observa-se um retrato preocupante da situação econômica vivida por muitas famílias brasileiras atualmente. A redução drástica na receita das pessoas e o descontrole financeiro refletem os desafios enfrentados por diversos trabalhadores diante das turbulências econômicas.


A situação de endividamento e os problemas de saúde mental gerados pela falta de dinheiro são lamentavelmente comuns e alarmantes, como indicam os dados da CNC e SERASA. A alta inadimplência destaca a urgência de encontrar soluções para aliviar o fardo financeiro das famílias, seja por meio de políticas públicas e/ou iniciativas empresariais em educação financeira.

A desproporção entre o aumento de preços dos produtos básicos e os salários é uma questão que precisa ser abordada em níveis mais amplos, seja por meio de políticas econômicas governamentais ou através de programas de educação no meio corporativo.

O ambiente de trabalho é outro ponto que merece atenção! Ele influencia diretamente o hábito de consumo e a decisão de compra das pessoas. Quem nunca se deixou impressionar por uma viagem de um colega ou a compra de um novo modelo de carro ou celular? A grande maioria se sente pressionada por "pertencer" ao meio em que estão e contraem mais dívidas, gerando uma grande disparidade social e mais pressão financeira. Por isso, é importante observar que as pessoas precisam de ajuda para controlar seus gastos, equilibrar o orçamento, investir e planejar suas vidas.


A história de Joana é emblemática, refletindo uma realidade que muitos trabalhadores brasileiros enfrentam. O caminho para a recuperação financeira e a redução do impacto do desequilíbrio financeiro na saúde física e mental dos trabalhadores passa por um esforço conjunto da sociedade, empresas e da ajuda de empresas especializadas em bem-estar financeiro na busca por soluções que promovam o bem-estar econômico e social.

A empresa onde Joana trabalha teve uma iniciativa louvável ao implantar um programa de bem-estar e saúde financeira. O período de dezembro e janeiro é crucial para organizar as finanças, planejar o futuro e iniciar um novo ano de maneira mais sustentável. O foco no controle de despesas e na revisão de gastos é fundamental para a construção de um orçamento realista, permitindo que as famílias busquem a estabilidade financeira sem renunciar aos seus sonhos.


Você, profissional de RH, como está ajudando os profissionais que estão enfrentando essa turbulência financeira? Quais ações você está tomando a respeito?



Por José Roberto Falcone

 

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