Ansiedade Financeira: Quando o Dinheiro Vira um Vilão na Sua Vida
- falcone63
- 1 de abr.
- 4 min de leitura

Vamos falar de um assunto que muita gente evita, mas que afeta diretamente o nosso dia a dia: a ansiedade financeira. Sabe aquela sensação de aperto no peito só de pensar nas contas que estão por vir? Pois é, isso tem nome e consequências sérias.
A fobia financeira é um medo intenso e irracional de lidar com questões relacionadas ao dinheiro. Não estamos falando apenas de preocupações comuns, mas de um pavor que impede a pessoa de abrir uma fatura do cartão ou até mesmo de verificar o saldo bancário. Esse medo pode paralisar e levar a comportamentos de evitação, agravando ainda mais a situação financeira.
Agora eu te pergunto: Você acredita que existe relação com outras fobias e síndromes?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse financeiro pode afetar seriamente a saúde mental, desencadeando diversos transtornos psicológicos. Para os superendividados, a angústia de não conseguir quitar as dívidas e a incerteza sobre o futuro financeiro tornam-se uma preocupação constante, drenando energia e dificultando a concentração no trabalho. Interessante notar que a fobia financeira pode andar de mãos dadas com outras condições psicológicas:
Atazagorafobia: medo de ser esquecido ou ignorado. Uma pessoa com dificuldades financeiras pode se sentir deixada de lado em círculos sociais, intensificando esse medo e piorando como entendemos nossos despesas, aumentando gastos supérfluos.
Autosabotagem ou Síndrome do Impostor: sensação de não ser bom o suficiente. Dificuldades financeiras podem alimentar a crença de incompetência, mesmo que não seja verdade.
Cacorrafobia: medo do fracasso. O receio de falhar financeiramente pode ser tão grande que a pessoa evita qualquer decisão relacionada a dinheiro, perpetuando um ciclo de inação e agravamento das finanças.
Além dessas, temos a famosa FOMO (Fear of Missing Out), ou medo de estar perdendo algo. Em termos financeiros, isso pode levar a gastos impulsivos para acompanhar tendências ou estilos de vida que não condizem com a realidade financeira da pessoa, resultando em endividamento e mais ansiedade. Quem nunca no trabalho participou de listas de casamento, aniversário ou adquiriu um produto porque todos no trabalho tem?
Não é novidade que problemas financeiros afetam diretamente nossa saúde mental. Segundo dados do SERASA, 83% dos endividados têm dificuldade para dormir por conta das dívidas; 78% têm pensamentos negativos devido aos débitos vencidos; e 74% afirmam ter dificuldade de concentração para realizar tarefas diárias.
Esse estresse constante pode desencadear sintomas físicos como dores de cabeça, problemas digestivos e enfraquecimento do sistema imunológico. A preocupação incessante com as finanças mina a qualidade de vida, afetando relacionamentos e o bem-estar geral.
Funcionários atolados em dívidas tendem a apresentar menor produtividade. A mente está ocupada com as preocupações financeiras, dificultando a concentração e o desempenho. A pesquisa realizada pela plataforma SD Positivo indicou que 79% dos trabalhadores alegam que a situação financeira afeta a sua saúde, e que 67% apresentam irritabilidade e/ou desânimo, além de altos números de ansiedade e nervosismo, ou seja, apresentam sintomas de estresse por conta de problemas financeiros.
Para as empresas, isso se traduz em menor eficiência, aumento do absenteísmo e até mesmo maior rotatividade de funcionários. Ou seja, o problema individual acaba refletindo nos resultados corporativos.
Então, como o RH pode assumir o papel de protagonista no pilar saúde integral, além de proporcionar benefícios de bem-estar?
Aqui vai uma provocação: de que adianta a empresa oferecer apenas sessões de ioga ou palestras motivacionais? Essas ações são importantes para a saúde integral, porém não são suficientes para quem está sufocado em dívidas. As ações de saúde mental nas empresas precisam ser integradas e atacar a raiz do problema. Programas de educação financeira são essenciais para auxiliar os colaboradores a gerenciarem melhor suas finanças, reduzindo o estresse e aumentando a produtividade.
Investir em bem-estar financeiro não é apenas um benefício para o funcionário, mas uma estratégia inteligente para a empresa. Afinal, colaboradores financeiramente saudáveis são mais engajados, produtivos e contribuem para um ambiente de trabalho mais positivo.
A segurança financeira traz leveza ao dia a dia, permitindo que as pessoas tomem decisões com mais confiança e desfrutem de uma melhor qualidade de vida. Ignorar a ansiedade financeira é negligenciar um aspecto fundamental da saúde mental e do bem-estar geral. Portanto, é hora de encarar o tema de frente e buscar soluções que promovam equilíbrio e tranquilidade financeira.
Agora você, profissional de RH em quais pilares de saúde a sua empresa tem atuado? Quais ações estão sendo realizadas para atuar efetivamente no bem-estar das pessoas?
por José Roberto Falcone
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